segunda-feira, 24 de março de 2014

1º Ano e 2º Ano - Proposta de Redação I

Nossa primeira redação vale 5 pontos e para fazê-la corretamente, não se esqueça:

- Você deve seguir as 6 regras de redação.
- Caso você copie do colega ou da internet, sua redação será zerada.
- Sua redação deve ser entregue na folha própria, que está disponível para download nesse post.

Fique atento à data de entrega para sua turma:
1º D: 31/03.
2º A: 17/03.
2º B: 17/03.
2º C: 18/03.

Para fazer download da proposta de redação e da folha de redação, clique aqui.

Qualquer dúvida, por favor, deixe nos comentários e responderei o mais rápido possível. =)

domingo, 23 de março de 2014

Vale a pena ler de novo (ou pela primeira vez) - O humor ácido de Veríssimo

Dizem que gosto é igual... Deixa pra lá! O importante é que cada um tem seu gosto e não discutiremos isso. Ou discutiremos?

É que há uma crônica do Luiz Fernando Veríssimo que pode incomodar muita gente e, como eu também gosto de incomodar, vou deixá-la como dica de leitura.


Diga não às drogas
Luiz Fernando Veríssimo


Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de “experimenta, depois, quando você quiser, é só parar...” e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, “da terra”, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do “Chitãozinho e Xororó” e em seguida um do “Leandro e Leonardo”. Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de “Amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé.

Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... “Banda Eva”, “Cheiro de Amor”, “Netinho”, etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: “É o Tchan”, “Companhia do Pagode”, “Asa de Águia” e muito mais. Após o uso contínuo, eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu “amigo” me deu o que eu queria, um CD do “Harmonia do Samba”. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais... Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos “Karametade” e “Só pra Contrariar”, e até comprei a Caras que tinha o “Rodriguinho” na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de louro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos e fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea “As Melhores do Molejão”. Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir.

Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar “Popozudas”, “Bondes”, “Tigrões”, “Motinhas“e “Tapinhas”. Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saía à noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o “caminho das pedras”, outros extremistas preferiam o “caminho dos templos”. Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: não ligue a TV no Domingo a tarde; não escute nada que venha do interior de São Paulo; não entre em carros com adesivos “Fui... “Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; mulheres gritando histericamente é outro indício; não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela! Eu sei que você consegue! Diga não às drogas!

sábado, 22 de março de 2014

Diquinha de gastronomia! Ou melhor, de português.

Meus queridos alunos do 1º D, vocês estão novos, sei que têm memória boa e, por isso, lembram o que eu falei hoje sobre o nosso tão querido pãozinho de sal.

Pois bem! Vejam abaixo alguns dos nomes que esse ícone das nossas mesas de pobre tem e prepare seu salame e o suco de uva!


sexta-feira, 21 de março de 2014

Vale a pena ler de novo (ou pela primeira vez) - O Primeiro Beijo

Para os alunos do 2º C (com os quais comentei sobre Clarice Lispector hoje) e todos os outros, deixo este conto, que foi tema do meu trabalho de conclusão de curso da faculdade.

Pelo menos para mim, esse texto tem um significado especial: eu não seria professor se não tivesse passado por ele.


O primeiro beijo
Clarice Lispector

     Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
     - Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
     - Sim, já beijei antes uma mulher.
     - Quem era ela? perguntou com dor.
     Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
     O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
     E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
     E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
     A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
     E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
     Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
     O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
     De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
     Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
     Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
     Ele a havia beijado.
     Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
     Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
     Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele... 
     Ele se tornara homem.

segunda-feira, 17 de março de 2014

#PortuFail - Recuse imitações!

Você sempre sonhou em ter aquela pessoa que nasceu num país costeiro da América do Sul? Você deseja aquela pessoa falando espanhol no seu ouvido? Então seus problemas acabaram! Você nem precisa mais ir ao Chile, basta ir às Lojas PortuFail mais próximas da sua casa e aproveitar este belo desconto! Não deixe para amanhã, vá agora mesmo comprar os seus...


segunda-feira, 10 de março de 2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

1º Ano - Apostila I - Texto

Apostila sobre Texto para o 1º D.
Especial para os alunos que foram para a turma após a nova enturmação.

Para baixar, clique aqui.

quarta-feira, 5 de março de 2014

2º Ano - Exercícios I - Substantivos

Bateria de exercícios sobre Substantivos para as turmas 2º A, 2º B e 2º C.
Usaremos em nossas próximas aulas e valerá ponto de bimestre.

Para fazer download, clique aqui.